Fui atendida, tiraram mil amostras de sangue minhas e quando eu estava saindo, a mãe da menina me chamou com um sorriso nos olhos e falou:
Obrigada por ensinar a sua filha que a minha não deve ser ignorada.Com isso, eu tinha me realizado.
Depois disso, tivemos oportunidade de ver mais cadeirantes da rua e dessa vez, Valentina não só olhou como me perguntou, "por que uma pessoa grande estava num carrinho". Expliquei que a pessoa tinha um problema na perna e que não podia andar, que o "carrinho" é pra ajudar a pessoa a andar por aí. Pronto. Doeu? Não. Não vou explicar nada cientificamente para uma criança de 3 anos, até porque não sei o real motivo da pessoa estar em uma cadeira de rodas. Mas não quero que minha filha ignore esse tipo de coisa e nem tenha pena e sim que ela conviva sem problemas e preconceitos. Se meu "método" está certo eu não sei, mas a intenção é sempre a melhor do mundo.
Tive o prazer de conhecer pessoas com síndrome de down (pra mim, o cromossomo a mais é realmente o cromossomo do amor), pessoas com deficiencia visual, auditiva, mental... Isso desde criança e devo dizer que pela minha criação permitiu não vê-los como dignos de pena ou com inferiorização. E acredito que não devemos fingir que não estamos notando a tal "diferença". Fingir que não vê na minha humilde opinião é só mais uma forma de se limitar e não descobrir o mundo destas pessoas.
Poderiar dar inúmeros exemplos do quanto eu cresci aprendendo com as pessoas "especiais" (odeio essa expressão, mas usei porque no momento está me faltando um nome melhor). A minha visão ampliou de muitas maneiras e espero que meus filhos consigam ter essa visçao, no que depender de mim, eles continuarão o que eu comecei a aprender.
E VIVA AS DIFERENÇAS!!!!

Nenhum comentário:
Postar um comentário