Estava falando agora mesmo com uma pessoa e ela questionou na conversa se o filho dela quando crescer não vai se incomodar vendo as fotos da festa de aniversário de 1 ano que será bem caseiro, enquanto os primos dele tiveram suas festas em casas de festas com buffet caro etc...
Claro que como mãe, nós gostaríamos de dar o mundo para nossas crias. Mas vamos ficar nos comparando com os outros até quando?
Quando nós vamos começar a nos orgulhar daquilo que nós construímos ou daquilo que estamos construindo? Quando vamos parar de olhar o quintal do vizinho pra ver a cor da grama e ver o defeito do nosso gramado? O ser humano tem tanto a evoluir...
Há um tempo atrás eu me comparava muito com as pessoas, até porque eu era comparada com as pessoas o tempo inteiro (pela família inclusive). Enfim.
Falando da maternidade mais uma vez, já que a preocupação levantada pela pessoa direcionava o filho, eu posso dizer que ela me trouxe um certo equilíbrio. Não me preocupo se meus filhos vão ver um amiguinho ou primo com dinheiro e isso foge da nossa realidade. O porquê é muito simples: eu tive tudo na minha infancia/adolescencia. Tive jantares em restaurantes top do Rio de Janeiro, tive roupas caras, tênis gringo, estudei em colégios particulares... Mas isso não preencheu o que eu realmente precisava. Parece clichê e piegas mas... Dinheiro não é tudo. E de fato não é. Ele é bom? Sim. Ele abre portas? Também. Mas dinheiro sem base, sem amor, de nada vale.
Eu tenho a plena ciência de que amor, ensinamentos e valores (base) não faltarão aos meus filhos. Enquanto não dou a vida que eles merecem e eu quero dar, continuarei lutando por isso e preservando a base que julgo tão necessária.
Não me sinto mal com crianças próximas a minha filha que tenham uma condição financeira bacana. Jamais. Nada satisfaz mais a mim do que saber que luto pelos meus filhos, que amo de verdade e os preencho com essa verdade que vive em mim. Não existe o que vai me fazer perder o orgulho que tenho disso, muito menos dinheiro de terceiros. Eu não tenho nada a ver com isso. E acredito, do fundo da minha alma, que é isso que vai fazer com que meus filhos respeitem a mim e ao pai, independente de condição financeira, de festa de fundo de quintal ou no melhor buffet da cidade. Nada vai comprar isso de mim.

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