quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

mãe, esposa, dona de casa, profissional, cozinheira, carente, independente... parte 2

Estou sentindo o peso da trigésima sexta semana de gestação. Faltam poucos dias pro meu filho chegar ao mundo.
Quando eu digo peso, não falo só da barriga ou dos dez quilos que engordei. Falo de uma pessoa ativa ter que diminuir o ritmo, ter que sofrer com a falta de solidariedade alheia, logo eu, que sempre botei a mão na massa pra não ter que depender das pessoas. Eu que sempre dei nó em pingo d'água (me senti minha avó falando agora!).
Ontem me senti 100% bem pela primeira vez desde que descobri que o Luigi estava na minha rica pancita. Aproveitei pra dar uma geral na carcaça (hahaha). Bem, deixa pra lá.
Na verdade aproveitei meu bem estar de ontem pra poder fazer as coisas em casa (em ritmo light, eu juro!), já que o marido está embarcado e uma criança de 3 anos não vai saber cuidar da casa (muito embora ela pegue a vassourinha de brinquedo e fique mandando eu ficar deitada descansando, que ela quem vai limpar a casa) e fui ligar pros correios para me estressar um pouco com eles (isso vai dar OUTRO post, afinal, os CORREIOS andam merecendo...).
A gravidez como todos deveriam saber causa um bombardeio de emoções na mulher, graças aos benditos hormônios. Tem dia que esse meu lado independente fica de lado e só quero chorar porque ninguém aparece pra saber se estou legal, tem dia que não quero que uma alma apareça, um dia estou animadíssima, no outro estou triste demais... Antes de acharem a grávida chata, pensem no quanto é chato pra grávida essa montanha russa emocional! Ninguém sofre mais com isso que as gestantes!!!
Pra melhorar nosso humor, os palpites (ah, eles de novo) dados pra uma pessoa sem papas na língua (EU!) no estágio de estresse... Ahhh... aí eu tenho PRAZER em ser grosseira. É gratificante pra mim. (risada maligna).
Minhas noites de sono tem sido quase que inexistentes. É um custo pra dormir e quando consigo dormir, ou acordo pra fazer xixi, ou sinto aquela queimação delícia que só a azia proporciona e aí não consigo mais pregar o olho. Fico pensando no Luigi, em como a Valentina vai reagir, como vou ficar, ai nisso vem as contas à cabeça, e fico ansiosa querendo dormir, me dá vontade de comer algo que não tem em casa... Quando vejo são 5 da manhã, consigo cochilar pra acordar umas 7:30. True Story.


Minha barrigona está deste singelo tamanho. Por um milagre não estou andando igual pata. As pessoas não me veêm tão inchada, sem esse andar de marreca e tal, acham que tudo que tenho passado é frescura. Com toda a licença e respeito, eu sou meio desbocada então, permitam-me dizer... NO RABO DELES QUE É FRESCURA! Quem me conhece sabe o quanto sou ativa e quanto estou sofrendo com esse ócio. Um verdadeiro tédio. Há um mês atrás mais ou menos preparei um verdadeiro arsenal de congelados porque sabia que nesse reta final e no primeiro mês do Luigi aqui conosco seria muito difícil eu parar e cozinhar. Está lá, comida natural, homemade e deliciosa, sem me sugar.
Atualmente tenho preenchido esse tempo vago reciclando meu inglês, escrevendo aqui, pesquisando mercado de trabalho, etc... Parada não dá pra ficar (o corpo pode até ficar, a mente não!). Não vou usar desculpas pra estagnar a mente.
Se você estiver na mesma situação que eu, não desanime com as coisas que parecem adversas. Liberte o que sente, se tiver que xingar quem te enche o saco, o faça! E preencha seu tempo, de um jeito ou de outro! É difícil? É! Mas não podemos simplesmente nos entregar ao que parece interminável. Se não estiver grávida, leve isso pra sua vida do mesmo jeito. Eu vou tentar fazer o mesmo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário