Somos obrigadas a fazer as lições de casa direitinho. A cobrança de ser perfeita, de estar sempre OK pra agradar a todos. Ah, me poupem!
Bem, o que eu entendo por perfeição é a perfeição pra mim.
Como mãe... Bem, vamos lá: me tornei mãe aos 21 anos, não sou casada no papel, quando engravidei tanto eu quanto meu marido estávamos desempregados e morando com minha sogra, ou seja, nada comercial de margarina. (Ou melhor, quando descobri minha gravidez me demitiram do meu emprego (eu estava lá há um mês) e me enrolaram o suficiente num momento onde estava frágil pra conseguirem que eu não fosse atrás dos meus direitos. Sim, fui uma completa demente.) Mas a minha Valentina depois de nascida me trouxe a minha perfeição. Adquiri força pra correr atrás dos meus objetivos (bla bla bla, ai que coisinha mais clichê) e junto do meu companheiro, nossa vida deu uma reviravolta. Mas olha, apanhei muito pra aprender um monte de coisas. Por exemplo: eu sou humilde pra caramba pra aceitar uma mão estendida a mim. Fico feliz quando me oferecem ajuda. Mas ajuda não é igual a palpite.
(É aqui que entra a perfeição que tanto esperam de nós, cada um tem um ideal de perfeição)
"Querida, você deixa sua filha na creche com 10 meses? Que dó!"
"Você não amamentou sua filha nem 6 meses? Sério? Nossa, mas o ideal é amamentar né..."
"Nathalie, você anda tão descabelada... Olha, tem que se cuidar, o marido pode procurar outras opções na rua!"
"Eu me meto na relação de vocês 3 (eu, marido e filha) porque eu já passei por isso..."
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Apenas parem! Não amamentei os 6 meses mínimos, eu tive que voltar ao trabalho quando minha filha tinha 2 meses (você desempregada e marido idem, recusaria uma proposta de emprego que já esperava havia tempo? vão viver na aba da ajuda dos outros? eu NÃO), ela recusava meu peito pois o pai dava mamadeira. Enfim, Valentina é uma criança saudável.
Minha filha foi para a creche com 10 meses para dar tempo de o pai ir às entrevistas de emprego já que ninguém podia ficar com a menina quando apareciam propostas pra ele. (momento, damos palpites e não ajuda).
Primeiro mês de vida do bebê, onde você amamenta em livre demanda, teve uma cesariana, não dorme, está inchada, os hormonios se reorganizando, de resguardo... Vou ficar fazendo cabelo e unha? (HAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAH pra vocês!)
E quanto aos palpites familiares, melhor nem comentar, se eu for alfinetar o ego da pessoa, a explosão seria tipo... BIG BANG THEORY!
Na graça divina, quando tivemos o prazer de morarmos sozinhos, no nosso cubículo, não pararam as intromissões (ah! não me diga!).
"Nathalie, faça isso, Nathalie faça aquilo..."
Esqueciam que além de mãe e esposa, eu sou milhões de outras coisas! Sou filha, neta, trabalho fora (desde os 18 anos), cuido da casa, CUIDO DE MIM (posso?). Tenho o TOTAL direito de surtar. Repito, TOTAL DIREITO de surtar.
Surtarei, serei grosseira e no dia seguinte vou estar melhor. DESCARREGAREI (sem precisar de você Edir Macedo, uhull!).
Não esperem nunca de mim esse tipo de imagem...
ou assim...
tô mais pra...
e finalizando...
"EU NÃO PRECISO DISSO, MEU MARIDO TEM DOIS EMPREGOS"





Nath, tô orgulhosa, seu blog está muito maneiro, li tudinho e sei que, apesar de ser sua mãe, cada dia aprendo mais com você.
ResponderExcluirTe amo e amo meus netos, pode contar com a gente sempre, sempre.